Os maiores tugas de sempre
2 - Toni Torpedo
Tuga mais tuga não há. Pelo menos é o que se diz por toda a parte em Celorico da Beira, a terra onde nasceu e viveu desde sempre António Pacheco, mais conhecido como Toni Torpedo, uma das lendas vivas de Portugal. Homem simples, de necessidades simples, Toni nunca se destacou em nada na vida, a não ser pelo atributo que o transformou numa atracção turística e motivo de orgulho de toda a região: o seu bigode singular.
Haverá por Portugal e pelo mundo muitos bigodes maiores, mais cabeludos e mais bem recortados que o de Toni, mas nenhum tão mal-cheiroso. É essa a grande característica que o distingue - o odor acre da sua cabeleira subnarigal anuncia a sua presença num raio de um quilómetro (ou até quatro consoante a direcção e intensidade do vento). O segredo do aroma da bigodaça de Toni Torpedo é guardado a sete chaves, como o da Coca-Cola ou dos pastéis de Belém, mas alguns conhecidos já revelaram que o herói de Celorico o lava diariamente com uma mistura que inclui leite e excrementos de cabra, além de um ou outro ingrediente secreto.
Foi desde cedo que o bigode de Toni começou a dar nas vistas. Já na escola primária, enquanto os seus colegas ainda esfregavam a penugem do buço com aguardente na esperança de terem logo um bigode "à homem", já o pequeno Torpedo aparava o seu com a tesoura da relva.
Toni, aos sete anos, numa foto de família
Toni descende de uma família de grande tradição bigodal. O seu pai, Joaquim Pacheco, chegou a ser, nos anos 50, um dos três habitantes de Celorico cujas pontas do bigode se tocavam atrás da cabeça. Mas há quem diga que o bigode de Toni é mais parecido com o da mãe, dona Almerinda.
Dona Almerinda, mãe de Toni
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