segunda-feira, maio 21, 2007

Escutas do Núcleo
Porrada ao telefone



Menina de vinte e poucos anos discute ao telefone com o namorado (ou o irmão...) dentro do Metro de Lisboa, linha amarela, entre o Lumiar e a Cidade Universitária:

"(...) Não fales assim comigo. És sempre a mesma coisa. Isto é assim: é do teu interesse, eu não ganho nada com isto. Eu sei que estás ocupado, mas eu também estou. Não, tu é que parece que não queres que eu diga. Eu quero dizer, mas é assim: se é pra tu me tratares dessa maneira, acho que não vale a pena, escuso de tar aqui a gastar saliva contigo... que eu não sou palhaça. Posso ser muita coisa, mas palhaça não sou, percebes!?... Não, trataste sim. Respondes-me sempre torto e assim não vale a pena falar contigo. Então vá, queres que eu diga ou não?... Queres que eu diga ou não? Ó, pá, mas queres que eu diga ou não?... Então é assim: posso falar?... É assim: o Bruno no sábado não pode e pediu para te perguntar se não podiam deixar a festa do wrestling para domingo... Hã?... Eh, pá, eu não tenho nada a ver com isso. Só estou a dizer o que ele me pediu. Ele diz que no sábado não pode. Se para vocês é indiferente, deixavam para domingo. Pois, eh pá, isso agora tu resolves com ele... Vê lá com os outros e liga-lhe. Para mim, é igual (...)"

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