Os maiores tugas de sempre
4 - Gaspar Valhão
O futebol é uma coisa belíssima, que o povo português sabe apreciar como nenhum outro. Quando se diz que em cada português há um treinador, não se trata de exagero. É mesmo verdade. A maior parte não vale nada, como o Manuel Machado, Fernando Santos, e outros assim. Mas de tempos em tempos, há um indívíduo ou outro que se destaca pela genialidade. E é então que mais um português nos enche a alma de orgulho, ao inscrever o seu nome na história do "beautiful game". O mundo nunca mais será o mesmo depois de José Mourinho, Domingos Paciência, ou Gaspar Valhão...
Menos famoso do que os anteriores, Valhão, mais conhecido pela alcunha de "Coijo", é igualmente brilhante na arte de interpretar o jogo. Apesar de não se dedicar à orientação técnica de nenhuma equipa, diz quem o conhece que o Coijo é um cérebro táctico como não se via desde José Maria Pedroto. Toda essa sabedoria futebolística transborda das suas análises, que fazem dele um comentador muito melhor do que os Tadeias, Ruis Santos e Freitas Lobos de hoje em dia. Ao contrário destes, consegue falar de futebol sem utilizar as expressões "índices", "transições" ou "movimentos basculares". Este adepto do Valonguense é como um Gabriel Alves com dois garrafões de vinho caseiro no bucho.
A prová-lo, este documento recolhido por uma repórter do Núcleo Duro durante o último Valonguense - Arcozelo:
Antologia (isto é poesia):
"Quem manda é o árbitro. Tem que che ber as coijas, coijo. Num é cumó... os jogos e o... e o Pinto da Costa e falar e isto é coijo... Tem que che ber é a Liga do coijo. Tem que che ber as coijas correctas (...)"
"A Liga tem que imbestigar... o coijo. Tem que puxar o chinto ó Beiga e Fulano. Num é chó o Pinto da Costa (...)"
"As banheiras, num é do Estádio do Dragoum. É do Estádio da Luz. Eles coijo... mergulham (...)"
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