quarta-feira, novembro 27, 2013
segunda-feira, novembro 25, 2013
Índex do Núcleo: Escala de Fezes Bristol
Indubitavelmente, uma das rubricas menos populares deste blog é o Índex do Núcleo, onde se classificam coisas avulsamente. A pedido de rigorosamente nenhuma família, a rubrica é aqui ressuscitada.
Índex, como toda a gente sabe, especialmente os senhores da Porto Editora, significa "ponto de referência, deslocável, que indica a leitura a fazer numa escala de certos aparelhos ou instrumentos de medida".
Índex, como toda a gente sabe, especialmente os senhores da Porto Editora, significa "ponto de referência, deslocável, que indica a leitura a fazer numa escala de certos aparelhos ou instrumentos de medida".
A escala é de 0 a 5. Hoje: os excrementos humanos segundo a tipologia da escala de fezes Bristol.
Tipo 1: pedaços separados e duros
Pequenos cagalhotos que, na prestigiada descrição Bristol, são "difíceis de passar". Ninguém gosta disso. Nota: 2
Tipo 2: forma de salsicha, com altos
Ora, aqui temos um cagalhão mais tradicional, um pouco conservador, mas um dejeto másculo que não envergonha. Nota: 4
Tipo 3: forma de salsicha, com fendas à superfície
Mais um cagalhão que segue a tradicional forma assalssichada, mas a história das fendas é preocupante. Nota: 3
Tipo 4: forma de salsicha ou cobra
"Macio ou suave", descreve a escala Bristol, o que me faz pensar - quem é que fez o trabalho de medir as texturas? Terá usado luvas? Nota: 4
Tipo 5: bolas macias com arestas bem definidas
Dizem os da escala que estas são "fáceis de passar". Parecem McNuggets. Se calhar são McNuggets. Nota: 3
Tipo 6: pedaços fofos com formas irregulares
Esteticamente desagradáveis. Deem-nos as nossas salsichas. Nota: 2
Tipo 7: Aguado, COMPLETAMENTE LÍQUIDO
É engraçado como na escala eles avisam que este é COMPLETAMENTE LÍQUIDO, tudo em caixa alta, como que a dizer "este não convém agarrar com as mãos". Em todo o caso, lamento mas já temos um ou dois orifícios de onde disparar dejetos COMPLETAMENTE LÍQUIDOS. Ao cagalhão exige-se-lhe um mínimo de consistência. Nota: 0
domingo, novembro 17, 2013
Oh Fettel, fai lefar nas fentas
O professor Alcides Gnade, primo emigrado do prof. Alcides Graça, está sempre disponível para elucidar os leitores sobre dúvidas quanto à língua alemã. Hoje, perguntamos-lhe: como é que ao certo se pronuncia o nome do campeão de fórmula 1 Sebastian Vettel.
"Ora, como os iniciados na filologia germânica saberão, na língua de Goethe a letra "w" assume as propriedades normalmente atribuídas ao "v" nas línguas de derivação latina. Por sua vez, o "v" é lido com uma sonoridade próxima do "f", um pouco como em espanhol o "v" se assemelha mais ao "b".
Além disso, convém recordar que, em alemão, a letra W se pronuncia "vê" e a letra V se pronuncia "fau". Dessa forma, a famosa marca automóvel VW não se lê "vê-dablio", mas sim "fau-vê".
Posto este circunlóquio, esclarecemos que o nome de Sebastian Vettel não se pronuncia "vé-tel", mas sim "fê-tle". Como poderão aqui confirmar, lido pelo próprio."
À parte as esclarescências do prof. Alcides Gnade, esclareço eu que a velha história de que a palavra "saudade" só existe em portuguesa e que é uma emanação única e intraduzivel da alma lusitana e etc. e tal é tudo uma treta. Os alemães têm uma palavra que quer dizer exatamente o mesmo, Sehnsucht. Ora vão ao google translate ver se não é verdade.
"Ora, como os iniciados na filologia germânica saberão, na língua de Goethe a letra "w" assume as propriedades normalmente atribuídas ao "v" nas línguas de derivação latina. Por sua vez, o "v" é lido com uma sonoridade próxima do "f", um pouco como em espanhol o "v" se assemelha mais ao "b".
Além disso, convém recordar que, em alemão, a letra W se pronuncia "vê" e a letra V se pronuncia "fau". Dessa forma, a famosa marca automóvel VW não se lê "vê-dablio", mas sim "fau-vê".
Posto este circunlóquio, esclarecemos que o nome de Sebastian Vettel não se pronuncia "vé-tel", mas sim "fê-tle". Como poderão aqui confirmar, lido pelo próprio."
À parte as esclarescências do prof. Alcides Gnade, esclareço eu que a velha história de que a palavra "saudade" só existe em portuguesa e que é uma emanação única e intraduzivel da alma lusitana e etc. e tal é tudo uma treta. Os alemães têm uma palavra que quer dizer exatamente o mesmo, Sehnsucht. Ora vão ao google translate ver se não é verdade.
terça-feira, setembro 24, 2013
domingo, setembro 22, 2013
sábado, setembro 21, 2013
Tesourinhos de Portugal
O DJ So Big!, normalmente um farol de
sensatez (nah, na verdade ele costuma portar-se como um vândalo
bêbedo), aderiu ao divertimento nacional de fazer pouco dos
cartazes de campanha das autárquicas.
Pelos vistos, o único impacto destas eleições é estar toda a gente na Internet a troçar de cartazes, até porque as televisões se recusam a falar no assunto.
Instalada nos seus escritório em Lisboa ou (em muito menor escala) no Porto, a parolada tuga ri-se do “povo”, troca “tesourinhos”, quase sempre das campanhas das terras mais pequenas e mais pobres, ou das listas independentes.
Ha ha ha, olha para estes parolos que não sabem photoshop. Hi hi hi olha para aqueles poucachinhos que não têm agências de comunicação. Quiá quiá quiá olha para estes que são feios e não têm conselheiros de marketing.
Passam estes tesourinhos de Portugal o dia no facebook a trocar os seus cromos com um totalmente imerecido sentimento de superioridade. Não sabem nem querem saber nada do “país profundo” ou do “país real”. Do poder local só conhecem os estereótipos boçais das “rotundas” e a mão-cheia de escandaleiras que chegam aos jornais. Se for preciso ainda acreditam nas patranhas de que é por por haver uma piscina em Soure ou um parque infantil em Serpa ou uma autoestrada em Santarém que o país está de rastos.
Vergonha, oh So Small, contribuíres para este nacional-engraçadismo no sagrado território do Núcleo. Os outros, continuai lá a trocar os vossos tesourinhos. Já constatámos todos que os melhores políticos são os que têm cartazes finórios e excelentes capacidades de comunicação.
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