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quarta-feira, dezembro 28, 2011
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sexta-feira, dezembro 23, 2011
segunda-feira, dezembro 19, 2011
terça-feira, novembro 15, 2011
terça-feira, novembro 08, 2011
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quinta-feira, outubro 13, 2011
quinta-feira, setembro 15, 2011
Os Santos do Núcleo
6. Santo Orlando
Orlando Inácio dos Santos. O nome que lhe deram quando nasceu não enganava. Era o augúrio de uma vida de santidade, que ao longo dos anos se confirmou nos excepcionais feitos deste bem-aventurado. A penúria, o jejum... o acto magnânimo do roubo em nome de uma causa maior. Santo Orlando, o santo que arriscou a vida para realizar o milagre do desaparecimento da cachaça logo a seguir ao do sumiço do fio-dental. Deixe-se impressionar com a emoção da sua oratória. Aleluia! (hic...):
6. Santo Orlando
Orlando Inácio dos Santos. O nome que lhe deram quando nasceu não enganava. Era o augúrio de uma vida de santidade, que ao longo dos anos se confirmou nos excepcionais feitos deste bem-aventurado. A penúria, o jejum... o acto magnânimo do roubo em nome de uma causa maior. Santo Orlando, o santo que arriscou a vida para realizar o milagre do desaparecimento da cachaça logo a seguir ao do sumiço do fio-dental. Deixe-se impressionar com a emoção da sua oratória. Aleluia! (hic...):
quarta-feira, setembro 14, 2011
Sentença de 1587 - Trancoso, Portugal.
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
SENTENÇA PROFERIDA EM 1587 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO
(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7)
"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos,
será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos
dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e
mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo
não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos;
de cinco irmãs teve dezoito filhas;
de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas;
de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas;
de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;
dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas.
Total: duzentos e noventa e nove,
sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".
Não satisfeito tal apetite, o malfadado prior, dormia ainda com um escravo adolescente de nome Joaquim Bento, que o acusou de abusar em seu vaso nefando noites seguidas quando não lá estavam as mulheres.
Acusam-lhe
ainda dois ajudantes de missa, infantes menores que lhe foram
obrigados a servir de pecados orais, completos e nefandos, pelos quais
se culpam em defeso de seus vasos intocados, apesar da malícia exigente
do malfadado prior.
[agora vem o inesperado:]
"El-Rei
D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos
dezessete dias do mês de Março de 1587, com o fundamento de ajudar a
povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e, em
proveito de sua real fazenda, o condena ao degredo em terras de Santa
Cruz, para onde segue a viver na vila da Baía de Salvador como colaborador de povoamento português. El-rei ordena ainda guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".
segunda-feira, agosto 22, 2011
quarta-feira, agosto 17, 2011
quarta-feira, julho 20, 2011
Alta Arte
Pedro Luís e a Parede
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terça-feira, julho 12, 2011
Núcleo Infantil
Palhaço Gozo
Palhaço Gozo
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segunda-feira, julho 11, 2011
Santos do Núcleo: José António Saraiva
"As empresas têm de ser aliviadas, porque criam emprego, e os pobres não podem ser mais sobrecarregados; tem de ser, pois, a classe média a pagar a crise.
A classe média vai ter de pagar a principal factura da crise. Não pode ser de outra maneira: as empresas têm de ser apoiadas, porque são elas que geram riqueza e criam emprego, e os mais débeis não podem ser mais sacrificados.
A esquerda está sempre a falar nas grandes fortunas, na banca, nos lucros das grandes empresas – como se aí estivesse a salvação do país. Ora, já não estamos no tempo da revolução soviética. Os patrões já não são aqueles seres ignóbeis e gordos que apareciam nas caricaturas e que só se preocupavam em encher os bolsos e enriquecer à custa do trabalho dos explorados.
Esse tempo, se chegou a existir, passou. Os empresários são quase sempre pessoas que subiram a pulso, que trabalharam no duro, que tiveram a coragem de arriscar e investir, que criam emprego, que sofrem quando se aproxima o dia de pagar aos trabalhadores e aos fornecedores.
É esta gente que cria riqueza – porque o Estado, sendo indispensável, só consome, não produz. Um país precisa de médicos, precisa de juízes, precisa de polícias, precisa de militares – e esta gente toda tem de receber. Mas donde vem o dinheiro? Dos impostos. E onde vai o Estado buscar os impostos? Às empresas e aos particulares.
Significa isto que, quanto mais lucros as empresas tiverem, mais rendimentos terá o Estado. Mas para as empresas terem lucros terão de ser aliviadas de diversos encargos. O que uma empresa paga hoje por um trabalhador, além do que este recebe, é uma enormidade. Para o leitor ter uma ideia, numa empresa como o SOL, por cada empregado que leva para casa 1.390 euros, a empresa tem de desembolsar 2.300. Ora, com este regime, quem é que quer investir e contratar gente?
Além disso, há que aliviar a burocracia e facilitar a vida aos que investem. O grande problema de muitos políticos é nunca terem trabalhado em empresas privadas e não conhecerem a lógica de funcionamento do mercado.
Mas, se as empresas não podem ser mais sobrecarregadas (para poderem crescer e ter capacidade para investir) e os pobres também não, tem de ser a classe média a pagar a crise.
Sucede que na classe média há muita gente que pode gastar metade do dinheiro que hoje gasta e fazer quase a mesma vida.
Na classe média esbanjam-se dinheiro e recursos de uma forma às vezes chocante. Nos restaurantes desperdiça-se comida. Quantas vezes não vemos as travessas voltarem para dentro com quase metade da dose que veio para a mesa? Essa comida vai para o lixo. Por que não se reduzem as doses, diminuindo um pouco os preços? Aproveitar-se-ia melhor a comida e os clientes agradeceriam.
Nos mais pequenos pormenores é possível poupar. Um dia destes, com o café, trouxeram-me um pacote de açúcar branco, outro de açúcar escuro, outro de adoçante e um pau de canela! Eu só usei parte de um dos pacotes de açúcar e tudo o resto foi para o lixo. Ora esse ‘resto’ tinha um valor. Custou dinheiro a produzir – para ir directamente para o lixo.
Ainda no campo da alimentação, mas noutra vertente, há que dizer que em muitos casos não existe motivo para consumir produtos estrangeiros, pois há produtos nacionais equivalentes. Por que se bebe água Vittel, Vichy ou Voss, e não água do Luso, do Vimeiro, das Pedras ou do Castelo? Por que se bebe cerveja Heineken ou Carlsberg em vez de Super Bock ou Sagres? Não há nenhuma razão a não ser esta: por peneiras. Para mostrar aos outros que temos gostos mais requintados e dinheiro para os pagar.
E quem fala das águas e das cervejas fala dos vinhos e dos espumantes. É possível beber um óptimo vinho português cinco vezes mais barato do que um vinho francês. E nas ocasiões festivas por que não optar por um honesto espumante Raposeira ou Cabriz em vez de champanhe Cristal ou Moët & Chandon?
E nos vícios como o tabaco (para já não falar em deixar de fumar, que seria uma enorme vantagem sob todos os aspectos) por que insistir no Marlboro ou no Chesterfield em vez do Português Suave ou do SG?
Finalmente, quando vamos ao supermercado ou à praça, há que ter em mente que sai mais barato e é mais saudável comprar legumes e fruta de origem nacional, e na respectiva época, do que produtos estrangeiros.
Estes princípios aplicam-se também ao vestuário. Se em lugar de um fato Hugo Boss ou Armani comprarmos um Dielmar ou Do Homem, ficaremos igualmente bem servidos e o preço será metade ou um terço. E a mesma regra vale para toda a roupa e para o calçado: se não capricharmos em comprar produtos de ‘marca’, é possível comprar camisas, pólos ou sapatos excelentes a um preço módico.
Neste ponto da conversa, há sempre quem recorde que ‘o barato sai caro’. Mas isso é um mito. Um dia, ainda no tempo do escudo, vi uns sapatos numa montra que me saltaram à vista, entrei na sapataria, experimentei-os, gostei e mandei embrulhar. Quando a empregada disse o preço – 80 contos – eu ia desmaiando. Mas já não tive coragem para voltar atrás. Pois bem: as principais características do calçado são o conforto, a segurança e a durabilidade. Ora esses sapatos – ingleses, marca Church’s – não eram confortáveis, não eram seguros nem se mostraram duráveis, pois resistiram bastante menos do que outros muito mais baratos. E digo que não eram seguros pois escorregavam perigosamente em superfícies muito lisas, como as calçadas de Lisboa, em que as pedras estão polidas pelo desgaste. Por pouco esses luxuosos sapatos não me causaram quedas aparatosas.
Mas há muito mais coisas em que o leitor pode poupar. Por exemplo, não fazer férias no estrangeiro, evitando ainda por cima aqueles horríveis tempos mortos nos aeroportos e o risco da perda de bagagens. Faça férias cá dentro. Haverá coisa melhor e mais cómoda do que entrar no carro em frente de casa e sair em frente da porta do hotel ou do apartamento onde vamos passar férias?
A propósito de carro, por que não escolher sempre um modelo abaixo daquele que ‘normalmente’ iríamos comprar. Em vez de um Mercedes E, um Mercedes C; em vez de um Audi 6, um Audi 4; e assim sucessivamente. E só falo de carros caros pois é onde se pode poupar mais dinheiro.
Se formos para o hotel, por que não experimentar um de três ou quatro estrelas em vez de escolher às cegas um de cinco?
E, se teimarmos em ir de avião, não custará nada viajar em turística em vez de 1.ª ou Executiva, pelo menos nos voos de duração inferior a três horas. Chega-se ao mesmo tempo e paga-se metade.
As novas tecnologias são outro excelente terreno para poupar. Se não capricharmos em ter sempre um computador, um telemóvel, um iPhone ou um iPad de última geração e nos contentarmos com uns modelos ‘ultrapassados’, também pagaremos muitíssimo menos e não ficaremos pior servidos. Também aqui é uma questão de ostentação. Quantas vezes o modelo ‘ultrapassado’ não é tão ou mais eficaz do que o último grito?
E por falar em telemóveis, quantas chamadas fazemos por dia que são perfeitamente desnecessárias? Talvez 90%. E, pensando nos computadores, não poderemos poupar imenso no material de escritório, deixando de fazer prints por tudo e por nada? Basta que, quando vamos dar uma ordem de print, pensemos se ele é mesmo necessário.
Outra norma simples é evitar ligar o ar condicionado. Até porque é prejudicial à saúde, sendo responsável por muitas gripes e outras doenças.
Quando se passa do material de escritório para o mobiliário, é bom pensar que existe um abismo entre comprar nacional ou estrangeiro. E o mesmo sucede quando se trata de equipar uma casa. É indispensável procurar materiais portugueses – azulejos, mosaicos, pavimentos, papéis de parede, torneiras, toalheiros, louças, etc. –, até porque os há de excelente qualidade. Às vezes pensamos que os estrangeiros são melhores por serem mais caros, mas é um engano: o aumento do preço tem apenas que ver com o facto de serem importados.
E já não falo nos luxos e extravagâncias – os perfumes, cremes, desodorizantes, espumas de barbear, after shaves, sais de banho, lacas, etc., etc. – que enchem as prateleiras das nossas casas de banho e que podem ser reduzidos a metade ou um terço, ou substituídos por outros menos dispendiosos.
A propósito, os detergentes e os produtos de limpeza também são uma rubrica onde se pode poupar muitíssimo, pois as diferenças de preço são enormes entre os produtos de marca e os produtos brancos, e a qualidade é semelhante.
Finalmente, é possível seguir uma regra simples: em cada cinco visitas ao cabeleireiro, ou à esteticista, ou à depilação, ou à manicura, ou à massagista, reduzir uma. Não custa nada e representa uma poupança de 20% nessas despesas.
Podia continuar, mas não vale a pena: o leitor já percebeu que pode gastar muito menos do que gasta sem ter de mudar de vida. Basta apenas um pouco de disciplina. Basta ‘racionalizar as despesas’. Eu já fiz a prova e sei do que falo.
Até lhe digo: sentir-se-á melhor. Porque, ao não desperdiçar, ao reduzir o consumo, sabe que está a contribuir, por exemplo, para não estragar mais o planeta. E para não aumentar mais a dívida do país, visto que muito do que consumimos é importado. Simultaneamente, ao preferirmos produtos portugueses, estamos a estimular a produção nacional, a criar emprego e a reduzir a dependência do país relativamente ao exterior.
Como vê, a crise pode contribuir para vivermos melhor – com menos. Não é necessariamente um problema – é uma grande oportunidade para mudarmos alguns hábitos."
"As empresas têm de ser aliviadas, porque criam emprego, e os pobres não podem ser mais sobrecarregados; tem de ser, pois, a classe média a pagar a crise.
A classe média vai ter de pagar a principal factura da crise. Não pode ser de outra maneira: as empresas têm de ser apoiadas, porque são elas que geram riqueza e criam emprego, e os mais débeis não podem ser mais sacrificados.
A esquerda está sempre a falar nas grandes fortunas, na banca, nos lucros das grandes empresas – como se aí estivesse a salvação do país. Ora, já não estamos no tempo da revolução soviética. Os patrões já não são aqueles seres ignóbeis e gordos que apareciam nas caricaturas e que só se preocupavam em encher os bolsos e enriquecer à custa do trabalho dos explorados.
Esse tempo, se chegou a existir, passou. Os empresários são quase sempre pessoas que subiram a pulso, que trabalharam no duro, que tiveram a coragem de arriscar e investir, que criam emprego, que sofrem quando se aproxima o dia de pagar aos trabalhadores e aos fornecedores.
É esta gente que cria riqueza – porque o Estado, sendo indispensável, só consome, não produz. Um país precisa de médicos, precisa de juízes, precisa de polícias, precisa de militares – e esta gente toda tem de receber. Mas donde vem o dinheiro? Dos impostos. E onde vai o Estado buscar os impostos? Às empresas e aos particulares.
Significa isto que, quanto mais lucros as empresas tiverem, mais rendimentos terá o Estado. Mas para as empresas terem lucros terão de ser aliviadas de diversos encargos. O que uma empresa paga hoje por um trabalhador, além do que este recebe, é uma enormidade. Para o leitor ter uma ideia, numa empresa como o SOL, por cada empregado que leva para casa 1.390 euros, a empresa tem de desembolsar 2.300. Ora, com este regime, quem é que quer investir e contratar gente?
Além disso, há que aliviar a burocracia e facilitar a vida aos que investem. O grande problema de muitos políticos é nunca terem trabalhado em empresas privadas e não conhecerem a lógica de funcionamento do mercado.
Mas, se as empresas não podem ser mais sobrecarregadas (para poderem crescer e ter capacidade para investir) e os pobres também não, tem de ser a classe média a pagar a crise.
Sucede que na classe média há muita gente que pode gastar metade do dinheiro que hoje gasta e fazer quase a mesma vida.
Na classe média esbanjam-se dinheiro e recursos de uma forma às vezes chocante. Nos restaurantes desperdiça-se comida. Quantas vezes não vemos as travessas voltarem para dentro com quase metade da dose que veio para a mesa? Essa comida vai para o lixo. Por que não se reduzem as doses, diminuindo um pouco os preços? Aproveitar-se-ia melhor a comida e os clientes agradeceriam.
Nos mais pequenos pormenores é possível poupar. Um dia destes, com o café, trouxeram-me um pacote de açúcar branco, outro de açúcar escuro, outro de adoçante e um pau de canela! Eu só usei parte de um dos pacotes de açúcar e tudo o resto foi para o lixo. Ora esse ‘resto’ tinha um valor. Custou dinheiro a produzir – para ir directamente para o lixo.
Ainda no campo da alimentação, mas noutra vertente, há que dizer que em muitos casos não existe motivo para consumir produtos estrangeiros, pois há produtos nacionais equivalentes. Por que se bebe água Vittel, Vichy ou Voss, e não água do Luso, do Vimeiro, das Pedras ou do Castelo? Por que se bebe cerveja Heineken ou Carlsberg em vez de Super Bock ou Sagres? Não há nenhuma razão a não ser esta: por peneiras. Para mostrar aos outros que temos gostos mais requintados e dinheiro para os pagar.
E quem fala das águas e das cervejas fala dos vinhos e dos espumantes. É possível beber um óptimo vinho português cinco vezes mais barato do que um vinho francês. E nas ocasiões festivas por que não optar por um honesto espumante Raposeira ou Cabriz em vez de champanhe Cristal ou Moët & Chandon?
E nos vícios como o tabaco (para já não falar em deixar de fumar, que seria uma enorme vantagem sob todos os aspectos) por que insistir no Marlboro ou no Chesterfield em vez do Português Suave ou do SG?
Finalmente, quando vamos ao supermercado ou à praça, há que ter em mente que sai mais barato e é mais saudável comprar legumes e fruta de origem nacional, e na respectiva época, do que produtos estrangeiros.
Estes princípios aplicam-se também ao vestuário. Se em lugar de um fato Hugo Boss ou Armani comprarmos um Dielmar ou Do Homem, ficaremos igualmente bem servidos e o preço será metade ou um terço. E a mesma regra vale para toda a roupa e para o calçado: se não capricharmos em comprar produtos de ‘marca’, é possível comprar camisas, pólos ou sapatos excelentes a um preço módico.
Neste ponto da conversa, há sempre quem recorde que ‘o barato sai caro’. Mas isso é um mito. Um dia, ainda no tempo do escudo, vi uns sapatos numa montra que me saltaram à vista, entrei na sapataria, experimentei-os, gostei e mandei embrulhar. Quando a empregada disse o preço – 80 contos – eu ia desmaiando. Mas já não tive coragem para voltar atrás. Pois bem: as principais características do calçado são o conforto, a segurança e a durabilidade. Ora esses sapatos – ingleses, marca Church’s – não eram confortáveis, não eram seguros nem se mostraram duráveis, pois resistiram bastante menos do que outros muito mais baratos. E digo que não eram seguros pois escorregavam perigosamente em superfícies muito lisas, como as calçadas de Lisboa, em que as pedras estão polidas pelo desgaste. Por pouco esses luxuosos sapatos não me causaram quedas aparatosas.
Mas há muito mais coisas em que o leitor pode poupar. Por exemplo, não fazer férias no estrangeiro, evitando ainda por cima aqueles horríveis tempos mortos nos aeroportos e o risco da perda de bagagens. Faça férias cá dentro. Haverá coisa melhor e mais cómoda do que entrar no carro em frente de casa e sair em frente da porta do hotel ou do apartamento onde vamos passar férias?
A propósito de carro, por que não escolher sempre um modelo abaixo daquele que ‘normalmente’ iríamos comprar. Em vez de um Mercedes E, um Mercedes C; em vez de um Audi 6, um Audi 4; e assim sucessivamente. E só falo de carros caros pois é onde se pode poupar mais dinheiro.
Se formos para o hotel, por que não experimentar um de três ou quatro estrelas em vez de escolher às cegas um de cinco?
E, se teimarmos em ir de avião, não custará nada viajar em turística em vez de 1.ª ou Executiva, pelo menos nos voos de duração inferior a três horas. Chega-se ao mesmo tempo e paga-se metade.
As novas tecnologias são outro excelente terreno para poupar. Se não capricharmos em ter sempre um computador, um telemóvel, um iPhone ou um iPad de última geração e nos contentarmos com uns modelos ‘ultrapassados’, também pagaremos muitíssimo menos e não ficaremos pior servidos. Também aqui é uma questão de ostentação. Quantas vezes o modelo ‘ultrapassado’ não é tão ou mais eficaz do que o último grito?
E por falar em telemóveis, quantas chamadas fazemos por dia que são perfeitamente desnecessárias? Talvez 90%. E, pensando nos computadores, não poderemos poupar imenso no material de escritório, deixando de fazer prints por tudo e por nada? Basta que, quando vamos dar uma ordem de print, pensemos se ele é mesmo necessário.
Outra norma simples é evitar ligar o ar condicionado. Até porque é prejudicial à saúde, sendo responsável por muitas gripes e outras doenças.
Quando se passa do material de escritório para o mobiliário, é bom pensar que existe um abismo entre comprar nacional ou estrangeiro. E o mesmo sucede quando se trata de equipar uma casa. É indispensável procurar materiais portugueses – azulejos, mosaicos, pavimentos, papéis de parede, torneiras, toalheiros, louças, etc. –, até porque os há de excelente qualidade. Às vezes pensamos que os estrangeiros são melhores por serem mais caros, mas é um engano: o aumento do preço tem apenas que ver com o facto de serem importados.
E já não falo nos luxos e extravagâncias – os perfumes, cremes, desodorizantes, espumas de barbear, after shaves, sais de banho, lacas, etc., etc. – que enchem as prateleiras das nossas casas de banho e que podem ser reduzidos a metade ou um terço, ou substituídos por outros menos dispendiosos.
A propósito, os detergentes e os produtos de limpeza também são uma rubrica onde se pode poupar muitíssimo, pois as diferenças de preço são enormes entre os produtos de marca e os produtos brancos, e a qualidade é semelhante.
Finalmente, é possível seguir uma regra simples: em cada cinco visitas ao cabeleireiro, ou à esteticista, ou à depilação, ou à manicura, ou à massagista, reduzir uma. Não custa nada e representa uma poupança de 20% nessas despesas.
Podia continuar, mas não vale a pena: o leitor já percebeu que pode gastar muito menos do que gasta sem ter de mudar de vida. Basta apenas um pouco de disciplina. Basta ‘racionalizar as despesas’. Eu já fiz a prova e sei do que falo.
Até lhe digo: sentir-se-á melhor. Porque, ao não desperdiçar, ao reduzir o consumo, sabe que está a contribuir, por exemplo, para não estragar mais o planeta. E para não aumentar mais a dívida do país, visto que muito do que consumimos é importado. Simultaneamente, ao preferirmos produtos portugueses, estamos a estimular a produção nacional, a criar emprego e a reduzir a dependência do país relativamente ao exterior.
Como vê, a crise pode contribuir para vivermos melhor – com menos. Não é necessariamente um problema – é uma grande oportunidade para mudarmos alguns hábitos."
quarta-feira, junho 08, 2011
quinta-feira, junho 02, 2011
quarta-feira, junho 01, 2011
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segunda-feira, maio 30, 2011
segunda-feira, maio 16, 2011
domingo, maio 15, 2011
domingo, maio 01, 2011
sexta-feira, abril 29, 2011
quarta-feira, abril 27, 2011
domingo, abril 24, 2011
sexta-feira, abril 22, 2011
terça-feira, abril 19, 2011
domingo, março 27, 2011
segunda-feira, março 21, 2011
Anedotas do Núcleo
Nas Olimpíadas
El Cablogue é recrutado para dar o discurso de abertura dos Jogos Olímpicos. Começa a discursar assim:
-O!
(aplausos)
E continua:
-O!
(mais aplausos)
-O!
(menos aplausos)
-O!
(silêncio)
Então, um assessor aproxima-se e diz:
-Camarada Cablogue, o discurso está no teleponto, os anéis olímpicos não são para ler.
Nas Olimpíadas
El Cablogue é recrutado para dar o discurso de abertura dos Jogos Olímpicos. Começa a discursar assim:
-O!
(aplausos)
E continua:
-O!
(mais aplausos)
-O!
(menos aplausos)
-O!
(silêncio)
Então, um assessor aproxima-se e diz:
-Camarada Cablogue, o discurso está no teleponto, os anéis olímpicos não são para ler.
sexta-feira, março 04, 2011
Universidade Aberta do Núcleo
Lição 1: O que é o Benfica?
Lição 1: O que é o Benfica?
quinta-feira, março 03, 2011
segunda-feira, fevereiro 21, 2011
quinta-feira, fevereiro 17, 2011
quarta-feira, fevereiro 16, 2011
O fim da virilidade
Homem que é homem? Isso já não existe. O género masculino está a ficar cada vez mais género e cada vez menos masculino. Ele é metrossexuais, ele é o diabo a quatro, homem viril, varão, duro, isso já não há.
Prova? Atentem nesta comunicação, emitida por um dos membros do Núcleo, e prova da total ausência de quaisquer vestígios de testosterona:
Mousses? Espumas?!? O mundo está perdido.
Homem que é homem? Isso já não existe. O género masculino está a ficar cada vez mais género e cada vez menos masculino. Ele é metrossexuais, ele é o diabo a quatro, homem viril, varão, duro, isso já não há.
Prova? Atentem nesta comunicação, emitida por um dos membros do Núcleo, e prova da total ausência de quaisquer vestígios de testosterona:
no dia 12 já tenho marcado há muito um curso de mousses e espumas da Cooking Lab
Mousses? Espumas?!? O mundo está perdido.
sábado, fevereiro 12, 2011
quarta-feira, fevereiro 09, 2011
segunda-feira, janeiro 24, 2011
domingo, janeiro 23, 2011
Núcleo Reportagem
A ameaça muçulmense
A ameaça muçulmense
sexta-feira, janeiro 21, 2011
domingo, janeiro 09, 2011
Alta Arte
O teatro segundo Bruno Aleixo
O teatro segundo Bruno Aleixo
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Nelinho Briosa
sexta-feira, janeiro 07, 2011
domingo, janeiro 02, 2011
Para quem ainda não sabe o que fazer nas próximas férias. Reservem já que isto é capaz de esgotar depressa:
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