A culpa foi da osteoporose
Está provado. Portugal é o país da treta que é por causa da osteoporose. Apenas e só por causa desta doença é que Portugal não tem um superavit em vez de um défice, salários bons em vez de miseráveis e o Casillas na baliza em vez do Ricardo.
Esta é a principal conclusão de uns estudos quaisqueres de uma qualquer instituição que faz estudos em Portugal. Tipo universidade, mas pode ser apenas um gabinete de estudos, não garanto.
Segundo esses ditos estudiosos, foi feita a exumação do corpo do Miguel de Vasconcelos, concluindo que ele sofria da dita doença dos ossinhos. Que, como todos sabem, fragiliza a estrutura dos ossos e o camandro, tornando-os mais quebradiços, tipo os joelhos do Venâncio ou do Mantorras.
Ora, se o homem (o Vasconcelos não o Mantorras, acalma-te Ernesto, que o vosso avançado angolano ainda pode ser o ex-futuro Eusébio de Benguela) não tivesse morrido da queda da varanda, poderia ter liderado o contra-golpe de 1640. E permaneceríamos todos espanhóis.
Sim, porque em 1640 foi um golpe palaciano que colocou fora de Portugal o nosso mui querido Filipe III, IV para os nuestros hermanos. Uma coisa tipo 25 de Abril de 1974 mas sem os cravos, as chaimites, a Maria de Medeiros e o Vasco Gonçalves (cuja música é um ícone português para os anais da história das artes).
Caso o Vasconcelos tivesse podido liderar o contra-golpe, ainda éramos espanhóis, a nossa selecção seria o Brasil da Europa de facto e não apenas por causa dos dribles idiotas do Dominguez. Teríamos tido a nossa história autonómica própria, como sucede com os Catalães e os Bascos e até poderíamos ter um grupelho separatista como a ETA ou o BNG, mas estaríamos (incomparavelmente) melhor do que estamos agora.
O salário médio de um jornalista em Espanha é 6 mil euros e as gajas não sabem o que é essa coisa de namorar: ou pinam e casam ou só pinam. O que acaba por ser uma vantagem. O problema é que elas se pintam demais e isso, reconheço, é chato porque qualquer beijo mais pronunciado corre o risco de causar fissuras e obrigar à recolocação de estuque.
Outra vantagem é que o Porto deixava de chatear os lisboetas sobre o facto de ser prejudicado no investimento, limitando-se a disputar com Ourense ou Vigo o estatuto de ayuntamento.
Finalmente, não teria que ter espanhol como língua estrangeira na universidade, cuja nota (dez nos dois anos) me diminuiu em muito a média geral do curso.
Como se percebe é só vantagens
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