Querido Ernesto:
A tua cátedra sobre a condição de pai foi muito útil e enternecedora. Mil obrigados. Estou agora muito melhor preparado para aguentar as agruras ? que as há, como tu descreves ? e deleitar-me com os privilégios da paternidade.
Ela não me vai parecer linda; ela já me parece linda: a imagem dela, mesmo vista num monitor, é deslumbrante, não é?
É verdade, o vosso Zizou vai ser pai. O vosso Zizou, daqui a um mês, vais estar atolado na merda, perdão, no cocó, e vai dizer coisas estúpidas como «gu gu tá tá». O vosso Zizou vai ser um pai babado e encher a filha de mimos.
Os ensinamentos transmitidos pelo Cablongue, o pioneiro, a Ernesto e do Ernesto a mim serão mais tarde (muito mais tarde, digo eu) passados àqueles de entre nós que não têm a força na verga para criar novos durões. Carcaça, Vostra e Tibas: sigam-nos o exemplo e ponham crianças no mundo que a Zizoua é professora e precisa de meninos a quem dar aulas.
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