Alta Arte
Francis Bacon
No momento em que escrevo estas linhas, encontro-me no centro de Madrid, na Biblioteca Nacional de Espanha, um enorme edifício setecentista, que encerra uma colecção de milhões de livros. A maior e melhor biblioteca em que alguma vez estive. Uma pesquisa pelo nome de Francis Bacon resulta em 85 títulos de e sobre um dos mais espectaculares pintores de sempre (isto, já descontando os 84 livros que aparecem relacionados com este outro Francis Bacon).
A meu lado, tenho um livro chamado Francis Bacon: Lógica de la Sensación, de Gilles Deleuze. O livro é um bocado chato e baseado em interpretações vagas e metafísicas, mas a dada altura, Deleuze define bem o estilo de Bacon: "[...] os três elementos pictóricos de Bacon: as grandes cores lisas como estrutura material espacializante; a Figura, as Figuras e sua acção; o lugar, ou melhor, o redondel, a pista ou o contorno, que é limite comum da Figura e da cor lisa [...]".
Valeu a pena ter estado este ano na ARCO, a Feira de Arte Contemporânea de Madrid, e apreciar obras da malta actual, mas também alguns quadros de nomes como De Chirico (outro dos meus favoritos), Yves Tanguy, Miró, e sobretudo este quadro, do grande Bacon:
A visita trouxe-me à memória outras incursões pelo mundo da arte, ao lado de DJ Carcaça (um abraço para ti, meu querido), nomeadamente a nossa primeira visita a Madrid e à Arco, em 1996 (salvo erro), e a uma célebre exposição de Bacon em Serralves, no Porto, em 2003.
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