Palheta, um herói esquecido
Recordemos um grande herói português esquecido pela história, Francisco de Melo Palheta. O nosso Palheta era um diplomata em funções no Brasil no início do século XVIII. Em 1724, os governadores da Guiana francesa e da Guiana holandesa pediram-lhe ajuda para mediar uma disputa fronteiriça.
É preciso explicar que, no século XVIII, a planta do café ainda era uma espécie de segredo de Estado. Só havia café na Arábia, na Índia, na África Oriental e em alguns países europeus. Os holandeses e os franceses tinham café, mas era ilegal ceder ou vender sementes da planta.
Portugal não tinha café, e o grande Palheta viu na história das Guianas uma excelente oportunidade de sacar as sementes. O nosso Palheta foi ter com holandeses e franceses, e resolveu o tal problema diplomático. No processo, segundo este livro, o Palheta seduziu (e papou) a mulher do governador francês.
A francesa, deslumbrada pela palheta do viril Palheta, decidiu oferecer um presente de despedida ao nosso diplomata antes de ele voltar ao Brasil. Deu-lhe um ramo de flores exóticas. No meio do ramo estavam escondidas sementes de café.
E foi dessa forma galante que o nosso Palheta regressou à sua fazenda no Pará, onde plantou as sementes, dando origem à grande indústria do café do Brasil. Da próxima vez que beberem um café brasileiro, lembrem-se do nosso herói Palheta.
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