quarta-feira, setembro 23, 2009

POESIA NUCLEAR


Poema Social

(Da série “Rimas Fodidas – jocoso ma non tropo” )

Dedicado ao Dalai Lama



Um buraco social
chamado Portugal
contentinho por aí
só com xiripititi
puta que pariu a sorte
de ter nascido em tal morte
A dor da gente ligada na televisão
fodendo por procuração
ou então, ou então
há quem case pela Igreja
dobram os sinos, que inveja!
do aparato de merdaleja
O tuga monta apartamento
hipoteca o livre pensamento
num buraco social
chamado Portugal
onde todos gostam do trabalho
“é muito interessante” e o mangalho
país de mentira, de imbecis
e de construtores civis
de futebol a álcool
da agenda no telejornal
e do trânsito infernal
valha-nos o velho tintol
o comando remoto
os canos de esgoto
viva Portugal, venceremos!
com os políticos que merecemos
andando todos sem nos ver
fingindo em vez de ser
a falar no messenger
Puta que pariu a má sorte
de ter nascido em tal morte


- Mas de que te queixas, paspalho?
Queres antes o Sudão?
S'não te orgulhas da Nação
ide também para o realíssimo caralho!

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