Euro 2004: O balanço necessário
Confesso que no início deste Europeu temia o pior. Os jogos de preparação faziam adivinhar que Portugal não iria muito longe. Já me dei por satisfeito por termos passado da primeira fase. Daí para a frente, tudo foi lucro. Só perdemos na final, com uma equipa tacticamente espectacular, que foi dando lições aos seus adversários do início ao fim do torneio. A Grécia é um justíssimo campeão e se Portugal não tivesse sido o outro finalista era por eles que tinha torcido. Hellas!!!
A parte má: a satisfação geral com a organização da prova e com a prestação da equipa vai cimentando o terreno para que se perpetue o reinado de D. Gilberto Madaíl, "o Idiota". Tá tudo aí contente e de parabéns, mas a "porcaria da Federação" de que falou Carlos Queirós aqui há uns anos continua aí a tresandar. E já fez merda: renovou com o seleccionador.
O Felipão é um tipo carismático, não há dúvida, e tem autoritarismo que baste e uma sorte do caraças. Tirando isso, é um péssimo treinador e as suas equipas jogam mal. As únicas vezes que vi uma equipa do Scolari jogar bem foi Portugal neste Euro, nos jogos em que o teimoso brasileiro decidiu finalmente colocar de início o contingente do FC Porto, que joga de olhos fechados. O Brasil com que o técnico venceu o Mundial era uma equipa horrível, que teve dificuldades inconcebíveis em se apurar para a prova e uma sorte inacreditável que a acompanhou até levantar o troféu.
Já toda a gente fala do Mundial da Alemanha, mas esquecem-se de que ainda é preciso passar pela fase de apuramento. O grupo A inclui Rússia, Eslováquia, Letónia, Estónia, Liechtenstein e Luxemburgo. É, parece fácil. Mas o problema é mesmo esse. Portugal é péssimo a assumir em campo a condição de favorito. Não sou um pessimista. Mas há algo no ar que me diz que se aproximam tempos difíceis para a selecção. Espero estar enganado. Aproveito para perguntar aos gregos se não querem trocar o Rehhagel pelo Felipão. Oferecemos o Rui Jorge e o Beto de bónus.
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