Força Marrazes que ainda há esperança!
Este grito de guerra da minha meninice diz respeito a um grande clube do futebol mundial que, apenas por excesso de modéstia e falta de dinheiro, prefere passear a sua classe pelos pelados da distrital de Leiria em futebol.
Clube-emblema da cidade - que, como todos bem sabem se divide em Marrazes de Cima e Marrazes de Baixo, sendo que este último lugar cresceu um pouco mais à conta de um castelo e decidiu-se chamar Leiria - o Sport Leiria e Marrazes é um dos baluartes do sebastianimo imemorial. A única diferença é que nunca teve nenhum D. Sebastião, Eusébio, um Areias ou um Febras. Enfim um qualquer outro que soubesse fazer alguma coisa da bola.
No entanto, quem gosta de futebol na zona ou é do Marrazes ou do Sporting. A União de Leiria nasceu como um clube meritório da Estrada Nacional 1, com uma representação muito acentuada no sector da electricidade, lixos, moldes, plásticos e madeiras. Já adeptos ou simpatizantes, é o que se vê. No jogo contra o Estoril do Damásio e da Margarida Prieto, o número de espectadores não passou dos mil.
Dizem os historiadores locais, portugueses, estrangeiros, palecos e pxins, que este grito homérico e milenar da freguesia nasceu durante um jogo conta um rival da mesma igualha (talvez o Alcogulhe ou o A-dos-Pretos), lá nos idos de 60. Depois de estar a perder derrota em casa por 4-0 a zero, a meio da segunda parte um adepto bramiu num momento de silêncio no campo um urro do Ipiranga, que surpreendeu jogadores, adeptos e vendedoras de tremoços.
"Força Marrazes que ainda há esperança!"
A frase ficou para os anais da memória da humanidade principalmente devido às mudanças no marcador que esse incentivo gerou. O Marrazes veio a perder por 0-6.
PS: Esta noite, como bom sportinguista, vou torcer pela vitória da equipa B do Marrazes, a União de Leiria, para ver se o Peseiro vai ser pézudo para outro lado. E que leve com ele os dois meninos de coiro: Eduardinho e Pedro Caixinha.
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