segunda-feira, setembro 22, 2003

Equívoco de Pipi

O nosso camarada Pipi fez recentemente aquilo a que chamou "Análise Sócio-profissional da Rebarba". Um texto bem esgalhado, ao seu estilo, em que defende, com a autoridade do seu empirismo, que há práticas sexuais preferidas pelas mulheres consoante a profissão que exercem: as executivas preferem "cu"; as secretárias, "punheta"; as balconistas, "foda em pé", e por aí adentro. O mais célebre fodósofo português tem, no entanto, uma passagem menos feliz:

«Putas e jornalistas (passe a redundância): tudo. Need I say more?»

Ora, trata-se de uma imprecisão científica imperdoável, que me obriga a sair em defesa das nossas colegas de profissão (refiro-me às jornalistas). As jornalistas não são putas, caro Pipi. As putas ganham muito mais.

Além disso, há diferenças físicas que uma observação atenta não deixa escapar. De tal forma, que talvez seja mais fácil explicá-lo através de imagens. Ora, preste atenção...

Isto é uma jornalista:



... e isto é uma prostituta:



Como se pode ver no exemplo acima, apesar dos pontos em comum, as putas, além de serem mais bonitas, têm outro cuidado com a imagem, sendo mais comedidas no uso da maquilhagem, o que lhes dá um aspecto mais sóbrio e discreto. Ver uma meretriz ou uma repórter a passar na rua é totalmente diferente. As vestimentas ultra-reduzidas, em cores berrantes, e o andar superbamboleante distinguem as jornalistas.

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