Terminei!
Após cada 15 dias de férias deparo-me com lixo acumulado de seis meses a que tenho de dar destino. Todos os anos me proponho a arrumar tudo e deixar as coisas (finalmente) limpas. No entanto, todos os anos, protelo esta actividade até ao limite do humanamente aceitável (para os humanos que eu suporto sempre mais algum fax urgente espalhado entre papéis de rebuçado de café e folhas caídas de jornais velhos.
Este ano, esmerei-me e, quinze dias depois de ter voltado, consegui ver o fundo do túnel da minha arrumação. Pelo meio, deitei no lixo resmas de coisas importantes que perderam o seu timming ou foram dadas pela concorrência, como uma contagem inútil de vazas no final de um jogo de King.
Apesar disso, saboreei algumas pérolas entre aquele chiqueiro de porcos que são os jornais recolhidos. Memórias curiosas que guardo sem objectivo algum que não seja sorrir quando faço a arrumação anual do escritório.
Como o DN de Julho de 1995 onde Bin Laden dizia que os EUA tinham feito bem em invadir o Iraque ou o JN de 1997 onde Fernando Gomes elogiava, entre outros políticos sociais-democratas o então deputado Rui Rio.
Mas a melhor coisa foi algo que acabei por achar num jornal recente. Tratava-se de uma notícia de uma filósofa ou intelectual americana defendendo que uma das soluções para a felicidade era deitar todo o lixo que não precisássemos pela porta fora, limitando-nos ao essencial. Por isso deitei essa entrevista fora e guardei o resto dos jornais.
Pode ser que para o ano lance no contentor a ocasião em que Marcelo Rebelo de Sousa disse que Durão Barroso nunca seria Primeiro-Ministro.
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