Preâmbulo
Do arrazoado de estrumeira verbal debitado lá em baixo pelo Carcaça, só há um ponto verdadeiramente importante: a Gina. O Carcaça tem fãs?! É aquele estilo dele, intelectual de Kerouac e Derrida no bolso, que faz com que elas julguem que ele é *um tipo sensível*. Não te deixes levar Gina, que o homem só lê a Bola e a revista VIP.
Fahrenheit Teolinda - Alhos, bogalhos, e...
O nosso DJ volta à carga, mas começa muito mal, porque usa a táctica mais velha do mundo:
selecciona algumas frases, retirando-as do contexto
Oh Carcaça, isso está abaixo do teu nível! O truque do fora do contexto é mais velho que o cagar! É a desculpa mais esfarrapada de quem não sabe o que responder!
É como o Goering no julgamento de Nuremberga...
Sim, disse a herr Hitler *temos de matar os judeus todos até não restar mais nenhum desses schweines*, mas está a tirar a frase do contexto, eu estava na verdade a propor aumentar o nosso orçamento de construção de sinagogas.
...ou um político de segunda classe que se arrepende do que disse quando lê as suas cavaladas em papel:
Quando eu afirmei que o Presidente tem a mioleira de uma vaca excêntrica de Cambridge, o jornalista interpretou mal o que eu queria dizer.
É indigno Carcaça, sobretudo porque no meu Fahrenheit anterior eu citei o teu texto quase inteiro - não havia mais contexto nenhum para deixar de fora! Se eu quisesse citar-te fora de contexto, fazia assim:
sou um radical de esquerda sem tolerância pelas opiniões dos outros
E pronto, cá está o homem enrolado nas suas próprias palavras. Também podia, com um pouco mais de corta e cola...
vou
convencer
A Gina
e
uma amiga
fácil
a
fazer um trabalho correcto
mas
o caralho
já não dá vazão
...elucidar o povo sobre as tuas tendências depravadas. Também podia pegar num dos teus outros posts...
Estes gajos vendem a religião, vendem primeiros-ministros, vendem pagode e futebol. Terão jeito para a coisa, mas a mim irrita-me o registo.
...para sugerir que tu és um xenófobo lepénico em potência. Mas nós estamos acima disso. O fora de contexto é grave, mas há pior.
A matriz do Público é o El Pais (isso vê-se em certas secções do jornal português, que são quase um copy paste mal feito do diário madrileno). E qual foi a matriz do El Pais? Certamente que o Le Monde dos tempos áureos foi uma referência importante
Oh porra, mas que é que a porra dos outros pasquins têm a ver com a conversa, porra? Eu escrevi que gosto do Le Monde, e a ideia era que o Le Monde, tal como outros bons jornais franceses, tem uma clara perpectiva política. É um jornal engagé.
O Le Monde ou o Libé, ao contrário do Humanité, que também não era chamado à conversa, têm uma perspectiva e uma ideologia, sem serem porta-microfones de patrões políticos.
Mas disto o Carcaça não fala. Em vez disso, pega em mais bogalhos sob a forma do Mário Mesquita e da Bélgica, que estavam muito bem no seu lugar e não tinham de ser arrastados para a conversa.
A seguir...
E daqui, querida Gina, chegamos à questão da "escola americana"
Aqui, Tiberius faz uma extrapolação . Acha ele que eu acho que o jornalismo americano, como tudo o que é americano, é mau, até maligno
Tiberius não fez extrapolação nenhuma. Tiberius (que começa a achar muito divertido falar de si próprio na terceira pessoa) limita-se a notar que Carcaça usa americano como insulto. Voltem lá abaixo a uma das ejaculações anteriores do Carcaça, e vêm que é assim.
É mais um caso de bogalhagem, e os bogalhos continuam a chover:
Tiberius parece confundir esferas
Com esta tirada lapidar, Tiberius fica de facto com as esferas confundidas.
eu nunca disse que o ensaio que a Naomi escreveu é descomprometido (e também não digo que todo o jornalismo de causas seja mau
Tiberius também nunca disse que tu tinhas dito que ensaio da Naomi é descomprometido. Tiberius disse que o ensaio da Naomi é uma merda. Do jornalismo de causas, ainda ninguém tinha falado.
Uma coisa é o domínio pessoal, uma conversa de amigos (que, no fundo, é o que este blog despretensioso é. Aqui podemos ser todos reis do bitaite), outra coisa é o que se publica num jornal que vai ser lido por milhares.
O regresso dos bogalhos: o problema da Naomi e do Moore não é as coisas serem publicadas num blog ou num jornal. Não é eles mandarem bitaites. O problema é a reacção do Carcaça à manipulação e à demagogia.
O Carcaça dizia, no tal post lá no fundo, que as tropelias do Moore e da Naomi não fazem mal porque contribuem para derrotar o idiota. É a lógica de os fins justificarem os meios, que dá sempre mau resultado.
nunca disse que o que o Moore faz é jornalismo
Tiberius (hehehe, isto é giro) nunca disse que tu disseste. Mas a tua resposta bogalhosa é sintomática. Ou seja, o Moore pode dizer as alarvidades que quiser, como não é jornalista não faz mal. O Carcaça acha que só os jornalistas é que estão obrigados a ser honestos.
o mesmo que pensar que ao comunicar-vos que vou agora mandar um sms à Gina para ver se ela quer vir comigo a um recital de Teolinda Gersão vos estou a insultar.
Teolinda Gersão? TEOLINDA GERSÃO? TEOLINDA GERSÃO?!?! Carcaça, foste longe demais!!!!! Agarrem-me que eu mato-o!!!! Teolinda Gersão? Mas julgas que estás a falar com quem?! Este blog é lido por crianças, sabias?!
Bom, Carcaça, no espírito olímpico digo-te que o teu Fahrenheit não foi muito mau, mas na sua bogalhada deixou muito a desejar. É assim como uma prova de patinagem artística em que dançaste com música do Georgio Moroder, fizeste umas piruetas engraçadas, mas caíste de cu no triplo Axel. Nota do juíz da Letónia: 7,5.
A nota sobe se puseres online a foto da Gina. Enfim: bem hajas Carcaça.
P.S: Vostra, toca de arranjar um login de convidado à Gina.
Sem comentários:
Enviar um comentário