Elogio fúnebre
Hoje a minha alma morreu mais um pouco. Bem sei que a memória futura dos meus dias poderá até ignorar o dia de hoje, procurando esconder a chaga macerada do último dia do mês de Setembro de 2004. Desde o fim das revistas do Tintin que não me sentia tão mal e agora pareço o Simo Le Fleuve sem barba mas arrasado após o holocausto nuclear?
O http://caderneta-da-bola.blogspot.com morreu e comigo desapareceram sorrisos guardados entre os lábios à espera de ser surpreendido por mais um passe de Missé-Missé, um cabeceamento de Walter Paz ou um cruzamento de Valdir (sim, o do bigodinho à chulo) naquelas páginas sublimes.
Bem sei que já morreu há duas semanas mas quero aqui celebrar uma missa de 14º dia para honrar a memória de uma parelha de génios - um misto de João Aguiar com Jaime Gabriel, com pitadas de Veiga Trigo - que conseguiram recordar jóias da memória de todos nós.
Bem-hajam. Voltem sempre e se publicarem isso em livro terão em mim um comprador (ou fotocopiador).
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