quinta-feira, janeiro 12, 2006

A maquilhagem resolve tudo (ou então é a bebida)

à porta de um tribunal do centro do país, onde estão a ser ouvidos suspeitos de lenocínio e tráfico de mulheres cheguei a duas conclusões. Somente duas porque o gelo da noite congelou quase todos os neurónios, restando apenas o hipotálamo, o bolbo raquidiano e parte do cerebelo a funcionar.
1 - Todos podemos ser acusados de lenocínio. Basta olharmos para uma gaja e pensarmos em convidá-la para um copo de modo a obtermos um "acto sexual de relevo". A tipologia do crime é tão vasta que o fomento da prostituição pode envolver mesmo os clientes das casas de putas, ao mesmo nível que os seus proprietários.
2 - Elas são feias. Inacreditavelmente feias. De casaco, em frente ao tribunal às dez da manhã. A noite, a droga nas bebidas e o desejo desesperado de líbido fazem o resto da moldura que as transfigura quando estamos nesses espaços comerciais. Isso sem falar do poste colocado no centro do palco.
Esta conclusão leva-me a uma terceira premissa: todas as mulheres portuguesas têm condições para ser putas, desde que bem arranjadas. A sério: aquelas brasileiras em quase nada se distinguiam das portuguesas funcionárias dos juízos judiciais. Nesse sentido, proponho que se comece a instalar postes em cima dos balcões das repartições públicas ou outro serviços do Estado. Todos nós iríamos lá com gosto e com prazer. Mas com a idade de reforma aos 35 anos e consumo mínimo à entrada.

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