segunda-feira, julho 07, 2003

Ainda ninguém me explicou como é que na mesma edição do livro A Linha de Sombra, da colecção Mil Folha, do Público, o mesmo excerto do texto aparece traduzido de duas maneiras diferentes, nas páginas 132/133 e na parte de trás da sobrecapa. Eis as duas versões:

“As poucas estrelas acima de nós lançavam uma luz fraca apenas sobre o navio, sem qualquer cintilação na água, como um poço de luz separado que perfurasse uma atmosfera transformada em fuligem. Era qualquer coisa que nunca tinha visto antes; não havia qualquer sinal da direcção onde se alcançaria uma possível mudança: uma ameaça que nos comprimia de todos os lados”.

“As poucas estrelas, ao alto de nós, difundiam uma vaga claridade que se limitava ao navio, sem o menor reflexo no mar, como emanações de luz isoladas repassando uma atmosfera mudada em fuligem. Era uma coisa como eu nunca vira outras, que não apresentava o menor sinal de poder vir a evoluir, como a aproximação de uma ameaça que irrompia por todos os lados”.

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