País feio
O país está todo em obras e parece um estaleiro. Estradas, condomínios, centros comerciais, casas, prédios, pontes, teatros...: tudo parece estar a ser construído, ampliado ou requalificado. Em Aveiro, no Porto, em Lisboa, em Montemor, em Coimbra... Em cidades, vilas e aldeias. No litoral e no interior. No Verão e no Inverno. Obras a cargo de câmaras, do Governo, de institutos públicos ou de particulares. Obras financiadas por fundos comunitários ou não.
A questão é esta: as obras, à partida, deviam servir para melhorar e embelezar. E se é justo dizer que algumas obras o conseguem fazer, a verdade é que uma boa parte delas faz exactamente o oposto: estraga, destrói, corrompe, deforma, torna feio... Tantas intervenções e empreitadas, tantos tijolos e cimento, tanta madeira e telhas, tantos arquitectos e engenheiros, tantos presidentes de câmara e de junta... Tanto dinheiro.
O resultado, no entanto, é deprimente: Portugal está cada vez mais feio, mais desagradável, mais desordenado, mais desorganizado. Portugal deve ser dos países mais feios da Europa.
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