What a Wonderful World
O país dos chulos
Parece que os cantores de rap dos Estados Unidos agora querem todos parecer chulos, que o visual à gangster já passou de moda. Então, vestem-se com fatos berrantemente coloridos, sapatos brancos bicudos e chapéus com plumas de ave-do-paraíso, e enchem as orelhas de argolas e os dedos de anéis.
Bonito isto! A humanidade enche-me de optimismo quando há países em que as profissões marginalizadas - mas nem por isso menos importantes - são desta forma homenageadas pelos artistas. Que seria das nossas cidades se não houvesse os proxenetas para colocar essa putaria na ordem? O caos. Essas desgraçadas recebem fortunas que não declaram aos impostos e ainda andam para aí a espalhar doenças venéreas. Têm mais é que levar cacetada... e aí é que entram os chulos, esses nobres beneméritos, que desinteressadamente protegem-nas de clientes mais violentos. Essas mal-agradecidas têm um serviço de protecção pessoal de alto nível e ainda se queixam. Coitados dos chulos, se prestassem os seus serviços de borla viviam do quê? Do ar, não?
Além do mais, contribuem para animar as ruas à noite com as suas vestes alegóricas, que aliam o bom gosto à alegria cromática! Na nossa língua, utilizamos a palavra "chulo" muitas vezes de forma depreciativa e como insulto. É preciso acabar com o preconceito. Vivam os chulos, os últimos cavalheiros a sério!
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