Crónicas daquilo que eu não gosto
Os católicos
Irritam-me os católicos que querem ser políticos. Nunca fui muito à bola com essa coisa dos religiosos metidos a políticos, criando misturas explosivas de Opus Dei com gays à medida e interesse dos verdadeiros políticos. Sempre detestei os católicos que se servem dessa condição para subir na política. Desde o Guterres, que espetou vendeu o Jorge Sampaio por menos que Judas fez a Jesus, a Bagão Félix que todos os dias se vai confessar dos roubos que faz aos portugueses, com o novo código do trabalho. Este diploma é a validação legal pelo Estado do quinto mandamento: não roubarás.
Não percebo a analogia que se faz entre a imagem de um católico e a imagem de seriedade. O Adelino Ferreira Torres (esse grande democrata, lutador pelos ideais de Abril) e o Salazar são conhecidos pela sua religiosidade mas não pela sua santidade. Até penso que os católicos são importantes para a política mas não devem servir-se dessa condição para subir mais alguns degraus. Caso o façam, a religião privada de cada um transforma-se numa maçonaria pública, onde existem lugares para os crentes e não-crentes.
Era um jovem inconsciente e o padre da minha santa terrinha recomendava os católicos a votar no PSD ou no CDS, porque os de esquerda comiam criancinhas ao pequeno almoço. Anos depois, encontrei o mesmo padre, já reformado, a dizer que o Salazar é que era bom, porque nunca traiu a nação nem a mulher. Agora, oiço os bispos a aplaudirem uma política mais lesiva dos direitos dos trabalhadores que o Governo anterior apenas porque os capelães já recebem salário de generais, os professores de Moral têm emprego e há um padre a tomar conta dos imigrantes. Nunca tanto se vendeu por tão pouco.
E o zé papalvo a ver este filme como se de uma tragicomédia se tratasse. Ver gente da estirpe moral do Paulo Portas, Henrique Freitas, Bagão Felix, Martins da Cruz, Nogueira Pinto, Santana Lopes ou José Luís Arnaut à frente de Portugal causa-me uma irreprimível náusea e penso no que diria Jesus de todos estes vendilhões.
E, caso exista algum sentimento de culpa, vai tudo para Fátima bater com a mão no peito a pedir desculpa. Agora, com o novo concelho, até se torna mais fácil e haverá sempre mais um amigo a abrir as portas do céu.
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