Cogito ergo doleo (1)
A gaja alta
Ontem no autocarro vi uma gaja alta. Quando eu digo gaja alta, quero dizer mesmo alta: a mulher tinha mais de dois metros. Teve de se baixar para entrar no autocarro.
A gaja era alta mas proporcionada, com um corpo bem feito, nem escanzelada nem culturista. Tudo no sítio certo, com uma cabeça céltica (cabelo curto e muito ruivo, olhos verdes/azulados, era britânica ou alemã de certeza), só que com mais de dois metros de altura.
Isto é coisa de tuga provinciano, mas a mim fascinam-me as gajas muito altas. Desde os meus 13 anos que em Portugal nunca conheci nenhuma gaja mais alta do que eu, com uma excepção: duas raparigas (eram irmãs) que tinham para aí um metro e noventa e que eu via às vezes no Intercidades para Coimbra. Mas essas eram feias, portanto não contam.
Porquê o fascínio por gajas altas? Há o lado óbvio da situação, uma gaja que um tipo simplesmente olhando em frente está a olhar-lhe para as mamas. Mas também — que sensação estranha, uma gaja que olha para nós de cima.
Enfim, a gaja alta e ruiva tinha ar de modelo e ar de gaja que raramente anda de autocarro, e a história acaba aqui. Mas o incidente deixou-me um pensamento profundo: “Foda-se: tenho de ver mais jogos da WNBA.”
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